A apresentação formal do conselho político pluripartidário da campanha da coligação PT, PSB, PCdoB e PPL ao governo do Estado ocorreu ontem em Porto Alegre. Além do candidato ao Piratini Tarso Genro (PT) e do vice Beto Grill (PSB), o conselho político é formado pelo presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, pelo presidente estadual do PSB, Caleb de Oliveira, pelo presidente estadual do PT, deputado Raul Pont, pela deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB), pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB), pelo ex-governador Olívio Dutra e pela presidente do PPL (Partido Pátria Livre), Mari Perusso, que aderiu à coligação.
O evento serviu também para anunciar a primeira caravana pelo Interior do Rio Grande do Sul com integrantes da coligação. Além de Tarso e Grill, Frasson e o deputado estadual Raul Carrion (PCdoB) também participarão dos roteiros, preparatórios à elaboração do programa de governo.Grill ressaltou que as caravanas serão apropriadas para afinar as ideias entre as siglas. Para ele, a aliança com o PT não se restringe ao período eleitoral.
“É uma aliança programática”, disse.
Desde março, Tarso visita cidades no Interior com o objetivo de ouvir a militância e diversos setores da sociedade gaúcha para construir o projeto para o Estado. Hoje, ele lidera a nona caravana, com viagem pelas cidades do Vale do Jaguari. Estão programados mais três destinos regionais até o início oficial da campanha eleitoral, na primeira semana de julho.
“Temos apresentado diretrizes gerais, que vêm sendo preenchidas por propostas diretas das comunidades, gerando uma dinâmica para conceber o programa de governo”, explica o candidato ao Piratini.
Além do plano, os debates da coligação agora também se concentram no dimensionamento dos espaços. Conforme Tarso, o conselho político fornecerá as diretrizes da campanha.O presidente estadual do PT, Raul Pont, não descartou novas adesões – são aguardadas respostas do PR e do PRB. Pont reiterou que a coordenação de campanha será partilhada e haverá espaço para todos. Ele lembrou sua gestão na prefeitura de Porto Alegre (1997-2000), em que vários partidos tiveram espaço no seu governo, embora não tivessem participado da campanha desde o início.
“O governo do Olívio (Dutra, 1999-2002) também deu espaço em secretarias e órgãos do governo a todos os partidos. Queremos de novo garantir isso.”
Na organização da campanha, as siglas indicarão nomes para comunicação, infraestrutura e tesouraria. Manuela d’Ávila destacou que a partilha será política, prevendo espaço para todos, a fim de que assumam responsabilidades no período eleitoral.Uma das certezas é desenvolver o Estado a partir de um governo de coalizão, aos moldes do governo federal, tese defendida por PT, PCdoB e PSB.
“A questão nacional foi a baliza para a decisão do partido (em abandonar a candidatura própria). Acreditamos no projeto do candidato Tarso e num palanque único, 100% comprometido”, apontou Beto Albuquerque (PSB).
O deputado do PSB destacou que a campanha centralizada no candidato petista é um “link qualificado com o governo federal”. Carrion ressaltou que a eleição de Dilma Rousseff à presidência e Tarso no Estado pode colocar o Rio Grande do Sul em sintonia com o governo federal.
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