segunda-feira, 12 de julho de 2010

Primeiro Banco Público de Cordão Umbilical será inaugurado no final do mês

O Rio Grande do Sul terá o primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (Bscup) público, que funcionará no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A nova unidade será inaugurada no final do mês, com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, é utilizado em tratamento de doenças de sangue, como leucemias e anemias, porque tem a capacidade de regenerar a medula óssea – responsável pela produção das substâncias do sangue.

O anúncio foi festejado nesta segunda-feira (12) pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB), um dos principais defensores da ampliação, no país, da rede BrasilCord, que reúne bancos públicos de armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário.

A unidade no Estado é a décima das 13 que estão sendo espalhadas pelo país. A ampliação da rede tem o principal objetivo de aumentar as chances de realização de transplantes de medula óssea. O investimento médio no banco de sangue de Porto Alegre foi de R$ 3,5 milhões e a nova unidade terá capacidade para até 3 mil bolsas de sangue de cordão. No total, o Governo Federal está investindo R$ 31,5 milhões, através de convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo Albuquerque, com a expansão da rede, várias regiões do país que tinham pouca participação em termos de doação voluntária, nas quais não há centros de transplante de medula, serão abrangidas. Por outro lado, os estados com participação irão reforçar sua vocação de transplantes. ‘Essa é uma conquista importante de todos que lutam em favor da vida nos casos de leucemia. Se tivéssemos um banco público de cordão umbilical há mais tempo, muitas vidas teriam sido salvas e muitos casos teriam sido resolvidos com mais rapidez’, afirmou.

Autor da Lei Pietro (11.930/2009), que criou a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, de 14 a 21 de dezembro, Beto perdeu um filho em fevereiro de 2009, vítima de leucemia, após 14 meses de luta. ‘Travamos ao longo desses meses uma luta incansável. Eu sou apenas um exemplo; a cada ano 10 mil novas pessoas manifestam a doença no país. Só no Rio Grande do Sul são mais de 800 pessoas a cada ano, sendo que 40% são jovens entre 16 e 19 anos’, alerta.

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