terça-feira, 13 de julho de 2010

Duas décadas de coleta seletiva -

A separação de resíduos completa 20 anos na Capital, com o recolhimento de cem toneladas de lixo seco a cada dia.

Em 7 de julho de 1990, um caminhão do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) cruzava ruas do Bom Fim recolhendo, pela primeira vez, apenas resíduos secos. Ao som de uma sineta, sacos com vidros, metais, plásticos e papéis eram retirados da frente das residências de cerca de 35 mil moradores. Tratava-se do início da coleta seletiva que, em 1992, cobriria toda a cidade.Ao completar 20 anos, o serviço chega a todos os bairros, duas vezes por semana, e torna termos como separação, lixo seco e orgânico parte cotidiano.– Quando a implementamos, a coleta já era feita em bairros de Niterói (RJ) e Florianópolis (SC).

Na época, a Europa apontava esse como sendo o caminho para a diminuição do material que era levado para os lixões – explica Darci Campani, diretor do DMLU durante a implementação da coleta.O encaminhamento do lixo limpo a galpões de separação representou ganhos econômicos e sociais. De acordo com Léo Voigt, diretor-executivo do Instituto Vonpar – focado no desenvolvimento econômico de pessoas de baixa renda –, a separação gera mais recursos e melhores condições de trabalho:– Qualificar o sistema de coleta é como dar remédio direto na veia.

Colocar dinheiro no bolso dessas pessoas é fundamental.Jairo Armando, diretor da Divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, explica que as cem toneladas recolhidas hoje são encaminhadas para 16 unidades de triagem (UTs), onde são acondicionadas, prensadas e armazenadas por cerca de 700 pessoas. De lá, o material é vendido a indústrias recicladoras. Para o ex-diretor Darci Campani, ainda é preciso investir em conscientização:– Cerca de 60% da população já aderiu à coleta seletiva. O problema é como conquistar esses 40% restantes.

Fonte: Zero Hora ( ZH Bairros -Capital)

Nenhum comentário:

Postar um comentário