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PORTO ALEGRE, Brasil – Única capital do Brasil com 100% de cobertura de coleta seletiva de lixo, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, transformou-se em inspiração para municípios de todo o país e de nações vizinhas, que pretendem levar a experiência para suas comunidades. Implementada no início da década de 1990, a iniciativa ajuda o meio ambiente – retirando dos aterros sanitários 100 toneladas por dia de materiais de difícil decomposição – e ainda garante o sustento de 700 famílias dos chamados catadores.
Esses trabalhadores recolhem e separam materiais recicláveis e recebem em média, R$ 765,00 por mês. Ao todo, a cidade tem 16 galpões de triagem. Outros dois devem ser inaugurados ainda este ano. O material é recolhido duas vezes por semana por 26 caminhões do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Esses trabalhadores recolhem e separam materiais recicláveis e recebem em média, R$ 765,00 por mês. Ao todo, a cidade tem 16 galpões de triagem. Outros dois devem ser inaugurados ainda este ano. O material é recolhido duas vezes por semana por 26 caminhões do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
“É um índice alto se comparado a outras localidades, mas que pode aumentar ainda muito mais”, diz Santos.
Para estimular a coleta seletiva, foram tomadas diversas medidas, mas uma iniciativa é permanente ao longo dessas duas décadas: as campanhas de esclarecimento sobre a importância de separar os resíduos domésticos. Muitas pessoas não sabem, por exemplo, que das 1.000 a 1.200 toneladas de lixo geradas por dia em Porto Alegre, 30% têm valor comercial imediato, como papéis, latas, metais, plásticos, vidros e garrafas plásticas tipo PET.
Depois de separados nos galpões, esses materiais são prensados e vendidos para a indústria. As latinhas de refrigerante, por exemplo, tem um ciclo muito curto no mercado: levam apenas 40 dias entre serem descartadas e reaproveitadas para voltar às prateleiras dos supermercados. Esse curto ciclo de transformação tem motivo: o alto valor comercial do alumínio, cuja tonelada prensada limpa chega à média de R$ 2 mil. As valiosas latinhas fizeram do Brasil o maior reciclador mundial deste material – 94,4% do total descartado é transformado para voltar ao mercado.
“O valor pago pela matéria-prima é a grande alavanca no caso do alumínio”, alerta Ana Maria Luz, presidente do Instituto GEA - Ética e Meio Ambiente, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que busca desenvolver a cidadania e a educação ambiental. “Por isso, a busca pelas latinhas independe da população ou de programas de reciclagem. Trata-se de pessoas na linha da miséria tentando sobreviver.”
O Instituto GEA, que assessora a implementação de programas de coleta seletiva de lixo e reciclagem em todo o Brasil, alerta para a falta de um sistema que trate o recolhimento dos resíduos recicláveis com a regularidade da coleta comum.
“Nesses dez anos de experiência do GEA temos verificado um grande aumento do interesse das pessoas em separar, da sensação de responsabilidade quanto to ao lixo que estão gerando”, enfatiza Ana Maria. Mesmo assim, segundo a presidente do GEA, as pessoas não separam porque não sabem para onde destinar o material coletado quando os municípios não dispõem de serviços de coleta seletiva.
Porto Alegre DMLU – www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/
Números de reciclagem no Brasil
Aço
O Brasil produziu 33,8 milhões de toneladas de aço bruto em 2008. Aproximadamente 10,2 milhões de toneladas de sucatas foram utilizadas para a produção de aço novo, o equivalente a 30,1% do aço produzido no Brasil. O aço é o material mais reciclado no mundo – em 2008 foram recicladas cerca de 385 milhões de toneladas no planeta.Aço
Embalagens longa vida
Em 2008, o Brasil reciclou 26,6% dessas embalagens, o equivalente a 52 milhões de toneladas. O país é líder nas Américas e fica acima da média mundial, que é de 18%.
Em 2008, o Brasil reciclou 26,6% dessas embalagens, o equivalente a 52 milhões de toneladas. O país é líder nas Américas e fica acima da média mundial, que é de 18%.
Vidro
O país produziu 1 milhão de toneladas de embalagens de vidro, dos quais 47% retornam para seres reaproveitadas.
O país produziu 1 milhão de toneladas de embalagens de vidro, dos quais 47% retornam para seres reaproveitadas.
Papel de escritório
Do total de papel que circulou pelo Brasil em 2008, a taxa de recuperação foi de 43,7%.
Do total de papel que circulou pelo Brasil em 2008, a taxa de recuperação foi de 43,7%.
Fonte: Compromisso Empresarial para a Reciclagem, (Cempre)
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